TEXTO DE APOIO I:
Oxfam: Em 2016, 1% mais ricos terão mais dinheiro que o resto do mundo
Um estudo
divulgado nesta segunda-feira 19 pela ONG britânica Oxfam afirma que, em 2016,
as 37 milhões de pessoas que compõem o 1% mais rico da população mundial terão
mais dinheiro do que os outros 99% juntos. O relatório tem o objetivo de
influenciar as discussões a serem travadas no Fórum Econômico Mundial (FEM),
que reúne os ricos e poderosos no resort suíço de Davos entre 21 e 24 de
janeiro.
O estudo da
Oxfam é baseado no relatório anual sobre a riqueza mundial que o banco Credit
Suisse divulga anualmente desde 2010. Na versão mais recente, divulgada em
outubro 2014, o Credit Suisse mostrou que o 1% mais rico (com bens de 800 mil
dólares no mínimo) detinha 48,2% da riqueza mundial, enquanto os outros 99%
ficavam com os 51,8%. No grupo dos 99%, também há uma significativa
desigualdade: quase toda a riqueza está nas mãos dos 20% mais ricos, enquanto
as outras pessoas dividem 5,5% do patrimônio.
No estudo
divulgado nesta segunda, a Oxfam extrapolou os dados para o futuro e indica que
em 2016 o 1% mais rico terá mais de 50% dos bens e patrimônios existentes no
mundo. "Nós realmente queremos viver em um mundo no qual o 1% tem mais do
que nós todos juntos?", questionou Winnie Byanyima, diretora-executiva da
Oxfam e co-presidente do Fórum Econômico Mundial. Em artigo publicado no site
do FEM, Byanyima afirma que o fórum tem em 2015 o duplo desafio de
conciliar a desigualdade social e as mudanças climáticas. "Tanto nos
países ricos quanto nos pobres, essa desigualdade alimenta o conflito,
corroendo as democracias e prejudicando o próprio crescimento", afirma Byanyima.
A diretora da
Oxfam lembra que há algum tempo os que se preocupavam com a desigualdade eram
acusados de ter "inveja", mas que apenas em 2014 algumas
personalidades como o papa Francisco, o presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, e a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde,
manifestaram preocupação com a desigualdade social. "O crescente consenso:
se não controlada, a desigualdade econômica vai fazer regredir a luta contra a
pobreza e ameaçará a estabilidade global", afirma.
A Oxfam mostra
que a riqueza do 1% é derivada de atividades em poucos setores, sendo os de
finanças e seguros os principais e os de serviços médicos e indústria
farmacêutica dois com grande crescimento em 2013 e 2014. A Oxfam lembra que as
companhias mais ricas do mundo usam seu dinheiro, entre outras coisas, para
influenciar os governos por meio de lobbies, favorecendo seus setores. No caso
particular dos Estados Unidos, que concentra junto com a Europa a maior parte
dos integrantes do 1% mais rico, o lobby é particularmente prolífico, afirma a
Oxfam, para mexer no orçamento e nos impostos do país, destinando a poucos
recursos que "deveriam ser direcionados em benefícios de toda a
população".
Para a
Oxfam, a desigualdade social não deve ser tratada como algo inevitável. A ONG
lista uma série de medidas para colocar a diferença entre ricos e pobres sob
controle, como fazer os governos trabalharem para seus cidadãos e terem a
redução da desigualdade como objetivo; a promoção dos direitos e a igualdade
econômica das mulheres; o pagamento de salários mínimos e a contenção dos
salários de executivos; e o objetivo de o mundo todo ter serviços gratuitos de
saúde e educação.
Texto de Apoio II:
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=concentra%C3%A7%C3%A3o+de+renda+brasil&safe=off&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjjoNmvkd3ZAhWMfZAKHUTtDpcQ_AUICigB&biw=1304&bih=677#imgrc=tpByg6C36AyNqM:
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